Se você imaginava as livrarias do futuro só como polos de tecnologia, dê um passo atrás, pois algumas tendências apontam para caminhos diferentes.

Se você também imaginava que as livrarias físicas deixariam de existir ou que restariam apenas grandes megastores, felizmente, parece tão incorreto quanto. A Amazon ainda não acabou com elas.

Contrariando expectativas, entre 2009 e 2015, o número de livrarias independentes nos Estados Unidos cresceu 35%. De 1.651 para 2.227, segundo a Associação Americana de Livrarias.

As Livrarias do Futuro

Existem três pilares responsáveis por esse crescimento e manutenção das livrarias físicas.

O estudo é de Ryan Raffaeli, professor assistente na Unidade de Comportamento Organizacional da Harvard Business School, que investiga como indústrias e empresas maduras lidam com as transformações provocadas pela tecnologia.

Comunidade
As livrarias independentes conseguem angariar a empatia das comunidades das quais que fazem parte. As lojas de cadeias normalmente não são abraçadas da mesma forma.

Curadoria - Pilar das livrarias do futuro

Curadoria
O livreiro é um ativo fundamental das livrarias independentes, assim como os funcionários. Eles conseguem oferecer uma experiência de consumo mais especializada e personalizada. Com o tempo, o curador pode desenvolver uma relação de confiança com o cliente.

Experiência Intelectual
As pequenas livrarias estão promovendo suas lojas como centros intelectuais. A realização de leituras em grupos, eventos com autores, noites de histórias para crianças, desafios para gammers, hackatons, entre outros eventos, ajuda a promover as livrarias dentro das comunidades.

Existem livrarias que conseguem realizar mais de 500 eventos como esses por ano, o que ajuda a levar mais pessoas para as lojas e oferece experiências mais interessantes.

Abaixo, assista ao vídeo sobre o “Valor das Livrarias Locais Independentes“.

Essa “novidade” mostra que existem vários caminhos para a indústria do livro. As opções digitais devem continuar crescendo, mas não devem representar o fim das livrarias físicas.

No Brasil, as grandes cadeias ocupam (ou tentam ocupar) esses espaços das livrarias independentes, principalmente, na realização de eventos.

Eles também apostam na Inteligência Artificial como o curador do futuro, então, acredito que todos esses mercados ainda podem oscilar.

De qualquer forma, houve uma reversão na tendência de queda das pequenas livrarias, o que mostra uma reação da indústria do livro.

As livrarias do futuro devem ser várias. Teremos robôs indicando nossas próximas leituras, mas também queremos viver experiências com pessoas nas nossas livrarias favoritas.

Certo é que, no papel, ou na tela, na livraria, ou no site, os livros continuam entre nós como fontes de conhecimento, estudo, imaginação e entretenimento.

Leia também:
Storytelling – Por que uma marca deve contar histórias
A Biblioteca de Alexandria, a internet e a revolução eletrônica

 

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