Transmedia Storytelling é a arte de criar histórias, dentro de um mesmo universo, que são contadas através de múltiplas plataformas.

Na estratégia transmedia, é fundamental explorar os meios tradicionais (cinema, livros, quadrinhos) e os digitais (VR, social media, games, mobile).

Implica em oferecer experiências para a audiência de forma específica em cada plataforma. Em um jogo mobile, o universo se expande e enriquece para os gammers. Uma nova parte da história é acrescida ao todo. O mesmo deve ocorrer em qualquer outro meio.

Antes de continuar, é importante conhecer o conceito proposto por Henry Jenkinks, um dos papas da estratégia transmedia.

“A narrativa transmedia representa um processo em que os elementos integrantes de uma ficção se dispersam sistematicamente em vários canais de entrega com a finalidade de criar uma experiência de entretenimento unificada e coordenada”. Henry Jenkins

Ou seja, uma história transmedia é aquela em que os elementos da história separados de uma narrativa maior podem ser experimentados por muitos públicos diferentes, através de uma variedade de plataformas tecnológicas.

Existe três aspectos principais de uma estratégia de narrativa transmedia que são história, tecnologia e público. Neste post, a ideia é apresentar cada um deles.

Os 3 pilares de uma estratégia transmedia

História

– Uma história é um conto singular onde ocorrem certos eventos. O storyworld (universo) é o quadro maior em que as histórias individuais podem existir. O storyworld contém um conjunto de “regras” para o mundo que define pontos de conexão comuns ou definindo características entre histórias individuais.

– O storyworld (ou universo) é a coluna vertebral a partir da qual novas histórias ou aspectos infinitos da narrativa principal podem ser criados, compartilhados e adicionados. Todas as histórias completas separadas em si mesmas, mas todas seguindo as mesmas regras da realidade que as tornam claramente pertencer a um mundo central maior, mais complexo e comum. Como o universo ficcional da Marvel ou The Walking Dead.

Autores como J.R.R. Tolkien, entendem a arte em termos de criação de universos (storyworld) e desenvolvem ambientes ricos que poderiam, de fato, apoiar uma variedade de personagens diferentes.

– As histórias pertencentes a um mundo maior da história não necessariamente precisam ser experimentadas sequencialmente. Cada um pode revelar diferentes aspectos do mundo da história para que o público possa reunir uma imagem rica ou entender as mais histórias com as quais eles se envolvem.

Tecnologia

Diferentes tecnologias são usadas na estratégia transmedia:

– Divulgar a história a uma variedade de públicos em todo o mundo. Um dos grandes avanços da tecnologia foi permitir essa exploração do ambiente físico.  As tecnologias digitais aumentaram consideravelmente as oportunidades para contar histórias de diferentes maneiras e alcançar uma audiência global muito mais diversificada.

– Contar a história de maneiras diferentes – inerentemente ligada às funções e habilidades de diferentes tecnologias. Experiências únicas.

Estratégia Transmedia - Tecnologia

– Envolver as audiências no ato da narração e criação de histórias. Agora, estamos falando de fanfictions, co-criação e comunidades online para discussão.

– As plataformas tecnológicas utilizadas na narração de histórias incluem filmes, livros, quadrinhos, brinquedos, jogos, experiências web interativas, comunidades de mídia social, dispositivos móveis, parques temáticos e até mesmo realidade aumentada e virtual.

Audiência

– Cada história precisa de alguém que a veja, experimente, evolua, compartilhe e ajude a história a se perpetuar.

– As audiências de histórias transmedia têm muitos pontos de entrada diferentes em um mundo maior da história, como livros, filmes, jogos, sites, etc.

– Uma pessoa pode escolher a complexidade e a profundidade do seu envolvimento, dependendo de quanto esforço e tempo desejam passar a explorar diferentes elementos da história transmedia.

– Um membro da audiência pode experimentar um aspecto completamente diferente do storyworld do que outro – sua experiência autônoma é uma história completa em si mesma, mas também pode atraí-los para explorar outros elementos da história relacionados através de diferentes plataformas tecnológicas.

– O público da Transmedia é freqüentemente ativo no compartilhamento ou mesmo na criação de diferentes aspectos ou histórias no mundo da história maior.

Estratégia Transmedia - Audiência


Clique aqui para ver outros textos do blog sobre Transmedia.

Para se aprofundar no tema, clique aqui e leia um artigo do professor Henry Jenkins.

 

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